O que leva uma pessoa a abandonar um bichinho indefeso por ai? O que leva um ser humano a largar um animalzinho que mal cabe na palma da mão a esmo? Pois foram essas perguntas que me fiz quando no início dessa semana meu marido apareceu em casa com um filhotinho de gatinho, que mais parecia um rato e que ainda estava com o cordão umbilical preso em seu corpinho. O bichinho foi abandonado na porta de seu trabalho e ele não havia como deixá-lo lá, largado, esperando uma alma caridosa passar e levá-lo.
Pois bem, cuidei dele (apesar de nunca ter tido animal de estimação), dei leitinho de 3 em 3 horas, limpei a sujeira, mantive aquecido, estimulei o xixi e o coco, levei ao veterinário para saber se esses cuidados eram os melhores, comprei o leite sugerido pelo veterinário, mas quando acordei hoje, para mais uma mamada, o bichinho estava morto.
Confesso que chorei como uma criança, pois em apenas 4 dias de intensa convivência, me apeguei ao danadinho e torci ansiosamente para que ele sobrevivesse sem a mãe e que meus cuidados pudessem acalentá-lo e mantê-lo ao menos com um certo bem estar. Minha filha adorou os últimos acontecimentos e agora, sinceramente, não sei como darei a notícia a ela. Essa será a primeira perda de sua vida e desejo que ela saiba absorver bem essa situação que se repetirá algumas vezes, seja com pessoas, animais, acontecimentos, expectativas, enfim, nem tudo será sempre como ela espera ou deseja.
Hoje o dia amanheceu cinza e meu coração também está assim. Espero que as esperanças se renovem e que amanhã o dia seja mais colorido.
Uma ótima sexta-feira pra vocês!
Bjinhos.
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